Um “casal” de influenciadores tem causado indignação nas redes sociais ao usar uma criança, aparentemente de três anos, em vídeos encenados de brigas para tentar viralizar. Os conteúdos mostram situações falsas de conflito entre os dois, onde a criança é colocada no meio de discussões e chantagens.
Em um dos vídeos, o pai, acompanhado de uma mulher no carro, recebe a criança da mãe, que afirma que ele deve levá-la porque ela irá para outro lugar. Já em outro vídeo, a cena se inverte: o pai, furioso, empurra a criança para a mãe, que estaria se preparando para sair para uma balada com as amigas. Durante as gravações, a criança aparece visivelmente assustada, chorando e sem entender que se trata de uma encenação.
Os vídeos, que têm sido amplamente compartilhados, provocaram uma onda de denúncias. Internautas estão marcando o Conselho Tutelar e o Ministério Público nos comentários, pedindo providências para proteger a criança.
Expor crianças a situações de estresse, mesmo que encenadas, pode causar traumas psicológicos. “Para uma criança, não existe diferença entre o real e o fictício nesses momentos. Ela sente o medo e a insegurança como se tudo fosse verdade. Isso pode impactar profundamente sua saúde emocional.”
A utilização de menores em conteúdos para redes sociais tem gerado debates sobre os limites éticos na criação de conteúdo. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que toda criança tem direito à proteção integral, o que inclui sua dignidade e segurança.
A repercussão negativa em torno dos vídeos reforça a necessidade de maior conscientização e fiscalização sobre o uso de crianças na internet. O caso ainda aguarda um posicionamento oficial das autoridades competentes.