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Morador de Cajazeiras é preso na Ucrânia acusado de aplicar golpes em brasileiros

Um morador do bairro de Cajazeiras, em Salvador, identificado nas redes sociais como O Arcanjo, foi preso na Ucrânia acusado de integrar um esquema de golpes envolvendo o recrutamento de voluntários brasileiros para a guerra no país. Segundo as autoridades locais, mais de 150 pessoas foram enganadas com cobranças que variavam entre R$ 1 mil e R$ 4 mil, sob a promessa de ingresso na Legião Estrangeira Ucraniana.

O baiano, que se apresentava como soldado voluntário nas forças ucranianas, usava vídeos nas redes sociais para atrair interessados em lutar ao lado do exército da Ucrânia. Após o primeiro contato, os candidatos eram incluídos em grupos de WhatsApp e Telegram, onde recebiam orientações para realizar pagamentos de supostas taxas obrigatórias de alistamento.

As investigações indicam que as vítimas chegavam a ser levadas para um sítio em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, localizado na Estrada das Cascalheiras. No local, segundo relatos, os passaportes eram recolhidos antes do embarque para a Europa. O Arcanjo seria o responsável por organizar passagens aéreas de Salvador para São Paulo e, posteriormente, para a Moldávia — país vizinho da Ucrânia.

Apesar das cobranças, o governo ucraniano cobre integralmente as despesas de transporte, alimentação e alojamento de voluntários estrangeiros. No entanto, conforme as denúncias, o grupo liderado por O Arcanjo informava falsamente que parte do salário militar seria descontada para custear a viagem, desviando os valores em espécie.

Durante seu interrogatório, o próprio Arcanjo mencionou o envolvimento do comandante ucraniano Leanderson Paulino, líder do Grupo Especial de Assalto Advance, uma unidade da Legião Estrangeira responsável por recrutar combatentes da América Latina.

O caso segue sob investigação das forças de segurança ucranianas. O soldado baiano permanece preso em uma unidade militar, aguardando julgamento em Corte Marcial, que decidirá se ele continuará detido no país ou será extraditado para o Brasil.

A família do acusado, que reside em Cajazeiras, foi comunicada sobre a prisão e aguarda posicionamento oficial do Ministério das Relações Exteriores brasileiro.

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