Martins dos Santos Silva, de 55 anos, seguirá preso preventivamente após decisão da Justiça nesta terça-feira (4). Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva, após atropelar e matar o motociclista Roberto Campos, de 67 anos, na madrugada do último domingo (2).
Roberto, que trabalhava na Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP), foi atingido quando Martins dirigia na contramão da BR-324, sentido Feira de Santana. Um vídeo gravado por uma testemunha mostra o motorista visivelmente embriagado no momento da abordagem.
A revolta tomou conta da família da vítima, principalmente do filho de Roberto, Diarte Campos, que cobra justiça. “Eu soube que esse tal de Martins passou o dia bebendo em Águas Claras, pegou a BR de noite sem habilitação e ainda pegou a contramão e atropelou meu pai. Pra mim, ele é um assassino e tem que pagar pelo que fez. Eu quero justiça e vou lutar por isso”, desabafou.
O advogado da família, Vinicius Ramos, reforçou o pedido para que o acusado receba a pena máxima pelo crime, argumentando que houve dolo eventual — quando o autor assume o risco de matar. “Estamos esperando que a justiça seja feita, até mesmo para que ele venha a cumprir, ser condenado ao máximo da pena. Conduziu o veículo por 10 quilômetros na contramão, sem habilitação e em estado nítido de embriaguez. Isso não pode ficar impune”, afirmou.
O caso segue em investigação e, com a conversão da prisão para preventiva, Martins permanecerá detido enquanto aguarda o andamento do processo judicial. Familiares e amigos de Roberto continuam mobilizados para garantir que a tragédia não seja esquecida e que a justiça seja feita.
