As escolas municipais de Cajazeiras e de toda Salvador amanheceram de portas fechadas nesta terça-feira (6), após os professores da rede municipal decidirem entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia realizada pela manhã, no Campo Grande.
De acordo com a APLB Sindicato, a principal motivação da paralisação foi a falta de acordo com a Prefeitura de Salvador sobre o reajuste salarial da categoria. Os professores reivindicam o pagamento do piso nacional, estabelecido em R$ 4.867,77, mas a proposta apresentada pela gestão municipal foi de apenas 4% de aumento, parcelado em duas vezes: 2% em maio e 2% em outubro, o que foi prontamente rejeitado.
Mesmo com a paralisação já em andamento, a Prefeitura divulgou nota afirmando que segue em diálogo com os representantes da categoria. A Secretaria Municipal de Educação (Smed) informou ainda que os setores administrativos continuam funcionando normalmente.
A greve afeta milhares de alunos da capital baiana, incluindo os estudantes das escolas municipais localizadas nos bairros de Cajazeiras, Boca da Mata, Fazenda Grande e adjacências. Não há previsão para o retorno das aulas.
Nota da Prefeitura de Salvador
A Secretaria Municipal de Gestão (Semge) informa que continua em diálogo com os representantes dos professores da rede municipal de ensino, buscando avanços importantes para a valorização da categoria.
A Prefeitura de Salvador reconhece o papel fundamental dos professores na construção de uma cidade mais justa e com mais oportunidades, e reafirma seu compromisso em tratar com seriedade as demandas apresentadas, sempre com responsabilidade fiscal.
A APLB Sindicato comunicou a decisão da categoria pela deflagração da greve. Mesmo assim, as conversas continuam abertas e a gestão municipal segue à disposição para construir soluções equilibradas, que respeitem os educadores e garantam o funcionamento dos serviços públicos essenciais.